segunda-feira, 14 de maio de 2012

Já se imaginou?


   Já se imaginou sem internet? Nada de facebook, sem vasculhar as fotos e mensagens dos seus amigos, nada de twitter, rt e reply, e não poder acessar os blogs e portais de notícias. Meio difícil imaginar essa cena na realidade atual, na qual a internet tornou-se um mundo paralelo onde as pessoas se relacionam, se informam e se divertem.
   Tão fundamental a internet é em nossas vidas que uma empresa norte americana, apoiada por um dos criadores do Skype, está desenvolvendo um serviço de internet móvel grátis. Chamado FreedomPop, disponibilizará quase um gigabyte de acesso livre à alta velocidade de transmissão para qualquer um que tiver algum aparelho móvel que capte o sinal da empresa.
   Partindo dessa notícia, não é absurdo pensar num futuro em que a internet seja algo aberto para qualquer um  e não ser apenas um privilégio social. Como a televisão, que basta o indivíduo comprar o aparelho para aproveitar o sinal televisionado de graça, e que hoje é tão acessível em países desenvolvidos quanto nos emergentes. E quem sabe, um futuro em que, superando a tv, a internet possa se tornar um direito universal do cidadão, tão como moradia, alimentação e liberdade de expressão.
   Alguns podem não concordar com essa opinião, pois se alimentar, ter acesso a saúde e uma moradia digna, enfim, a ter boas condições de vida é muito mais essencial do que ter acesso a internet. Mas em um mundo capitalista e globalizado em que vivemos, no qual a informação é um bem econômico, é muito importante o individuo se informar e ter acesso a infinidade de informação presente no meio virtual. E mais que isso, internet já faz parte dos hábitos sociais e do contexto histórico em que vivemos, já que para falar com amigos, fazer trabalhos escolares, pagar contas de banco, comprar e até mesmo para procurar emprego nós recorremos a esse meio.
   E esse futuro tende à realidade. De acordo com a ONU, já é visto como violação dos direitos humanos desconectar as pessoas da internet, como a Síria e Egito fizeram em épocas de primavera árabe, cujos protestantes usavam o meio virtual para expressar a indignação com o estado e as atrocidades que este cometiam com seus cidadãos. Sendo assim, a internet é vista como meio de expressão de opinião, e como se expressar é um direito universal, logo forçar o corte do acesso à internet é um crime.
   A partir desses fatos, ficou mais difícil imaginar o mundo sem internet, sem informação e sem liberdade de expressão. E pelo contexto cultural em que a sociedade globalizada vive, nem é preciso imaginar a internet como direito de todo cidadão, porque esta ideia está próxima de se tornar realidade.

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